quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

... Revelações do diário




… Mesmo depois deste momento intenso de prazer a minha mente continuava inquieta… pensava no diário e não conseguia adormecer… levantei me devagar para não acordar o P … instalei me no chão da sala em cima de umas almofadas, os sofás foram levados pelo leiloeiro… comecei a ler o diário… deixei me absorver pela escrita e por todas as emoções relatadas… num ou outro episódio não pude evitar que algumas lágrimas rolassem pelo meu rosto… se a historia entre o Sr. Administrador e a dona L foi triste… a desta mulher foi bem pior… quando acabei de o ler já se notava os primeiros raios de sol… deixei me ficar ali absorta e incrédula por tudo o que tinha acabado de ler… como era possível uma mulher se anular tanto por amor ou por vontades alheias… e voltei a reler o que ela escreveu e que deu origem à minha primeira lágrima… passo a citar...

“Pela primeira vez vi o nu, das poucas vezes que fizemos amor foi às escuras, depois do P nascer nunca mais me tocou, sentia saudades de o sentir, mas nunca me atrevi a toca-lo tinha medo que me rejeitasse eu sabia que não era a mulher que ele amava, sempre pensei que conseguiria conquista-lo foi um erro agora sei que nunca vou conseguir, nem o filho nos uniu, já me tinha resignado mas hoje não resisti, passei por acaso perto da casa de banho ele deixou a porta aberta, não era costume fiquei a observa-lo … a apreciar o seu corpo como nunca tinha tido oportunidade de o fazer… corpo atlético… músculos bem definidos… um traseiro firme … coxas fortes… um calor invadiu o meu corpo como nunca antes tinha acontecido… casei virgem… nunca tive a oportunidade de apreciar um corpo de homem como hoje… senti um desejo crescente dentro de mim que eu desconhecia poder existir… senti vontade de provocar aquele homem… afinal era o meu homem o homem com quem casei… entrei de mansinho … despi me… encostei me a ele por trás … toquei o … quase desfalecia de prazer… ele assustou se … não contava comigo… virou se … e eu fixei o meu olhar no seu sexo… como que hipnotizada… já o tinha sentido mas nunca o tinha visto… ele falou… mas eu estava em transe não percebi… fui me aproximando dele… abracei o e beijei o… ele ofereceu resistência mas não percebi … estava louca de desejo e insisti… ele sacudiu me e gritou comigo… deu me uma toalha para me tapar… depois pediu me desculpa e suplicou para nunca mais lhe fazer isso porque não me queria magoar… tapei me e saí da casa de banho.
Sinto me humilhada… eu quero mas não consigo chorar… sinto ao mesmo tempo uma frustração e um desejo louco dentro de mim e não sei como o acalmar... não sei se vou conseguir olhar para a cara dele… eu quero sair desta casa ir para bem longe deste homem tentar esquece-lo…”


Vencida pelo cansaço adormeci com o diário aberto nesta pagina...