quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

... Voyeur


... No dia seguinte ele chegou mais tarde... estava com ar satisfeito... de vez em quando parecia que assobiava... devia estar a tramar alguma… trabalhamos calmamente... sem nos provocarmos, já sabíamos que íamos estar juntos ao fim do dia. A seguir ao almoço, cheguei mais tarde, fui comprar uma agulha para o gira discos mas não lhe disse nada. A tarde era eu que andava com cara de caso. Estava ansiosa pelo fim de tarde... finalmente chegou... preparamos nos rapidamente e seguimos rumo ao quarto do pintor que ficava nas redondezas. Mal chegamos ao quarto ele tira do bolso uma agulha para o gira discos… eu vou a minha carteira e tiro outra agulha para o gira discos... olhamos um para o outro e rimo-nos como duas crianças... tivemos a mesma ideia... enquanto ele colocava a agulha eu escolhia o primeiro disco... I put spell on you... antes de pôr a tocar … ele beijou me… colando se a mim depois pediu me baixinho para eu tirar roupa ao som da musica... concordei desde que ele também o fizesse ao mesmo tempo... e só me tocaria quando eu dissesse... ligou o aparelho e ... começamos a tirar a roupa lentamente.. acompanhando o ritmo... eu mais insinuosa e provocante… ele fazia tudo para me fazer rir... não tirávamos os olhos um do outro... a roupa saía disparada para o ar... meus olhos desceram para seu peito que ia sendo descoberto por aquelas mãos másculas... meu coração disparou... virei me de costas... desapertei o soutien... atirei o à cara dele... ele apanhou e cheirou o fechando os olhos...virei me para ele com o seios expostos... ele parou extasiado... depois começou a tirar as calças... aquelas coxas... meu deus... já era bem visível o volume entre as pernas… o meu coração acelerou ainda mais... virei me novamente de costas... comecei a baixar as minhas cuecas muito lentamente... baixei me sem dobrar os joelhos... quando ficaram livres atirei lhe também à cara... cheirou sem tirar os olhos de mim... senti-me devorada... era a vez dele de tirar a ultima peça... virou -se de costas também... que vontade de arranhar aquelas costas... mas não podia ser agora... virou se para mim... sustive a respiração... tão imponente... tão majestoso... tão... senti um calor invadir o meu corpo... senti me humedecer... ele vinha em direcção a mim … impedi o ... comecei acariciar o meu sexo... a minha voz saiu rouca quando lhe pedi para ele fazer igual a si mesmo... aquela imagem dele se satisfazendo enlouquecia me... acompanhei com o olhar o seu vai vem… intensifiquei as minhas carícias… senti me a queimar ... e delirei contorcendo me ... e gemi... ainda com a respiração ofegante observo os seus gestos agora mais acelerados … ele fechou os olhos …seu rosto ficou crispado e explodiu perante o meu olhar atento …salpicando me o ventre...



terça-feira, 27 de janeiro de 2009

... Carpe Diem


… depois de me fazer flutuar, sentou-se na beirada da cama esperando que eu descesse à terra… gatinhei até ele… enrosquei me no seu colo… rocei os meus lábios nos seus, lambendo os de seguida… trinquei o seu lábio inferior… invadi a sua boca… agarrarei a sua língua e suguei a… beijei o seu pescoço… desviei até a sua orelha e sussurrei que o desejava loucamente… gemeu… senti o seu sexo agitar se… estava louco para me possuir, não deixei … pedi sussurrando para permanecer sentado… minha boca foi percorrendo seu peito… seu ventre… ao mesmo tempo que o meu corpo escorregava pelo dele até eu ficar de joelhos no chão… saboreei o minuciosamente, ele estava muito perto da explosão… levantei me virei me de costas para ele que ainda permanecia sentado na beirada da cama e sentei me no colo dele… fazendo o entrar em mim… inclinei me ligeiramente para a frente e comecei a baloiçar as minhas ancas… senti as suas unhas a deslizar levemente nas minhas costas… seguiram se os seus gemidos … eram tão excitantes… ainda sentada em cima dele … acariciei me e voltei a flutuar… deita mo nos abraçados … e desfrutamos daquele silencio que nos permitia ouvir a nossa respiração e o bater dos nossos corações… quando nos decidimos preparar para sair já era quase meia noite, comecei apanhar a minha roupa que estava no chão e vi debaixo da cama um caixote… tive que ir espreitar … tinha lá dentro um gira discos, alguns discos e livros, deviam ser do tal estudante… não resisti e quis pôr o gira discos a tocar… faltava lhe a agulha… e eu que queria pôr à prova os dotes de dança do P. Acabamos de nos vestir e começamos a sentir fome, esta fome só podia mesmo ser saciada com comida mesmo, aquela hora só nos restava o vendedor ambulante de cachorros.. enquanto comíamos veio à memória a nossa noite no aubergue e a sua saída para o aeroporto… afinal ele tinha ido buscar a irmã, ela vivia em Itália e veio a Paris para escolher o vestido de noiva… ironia do destino… o avô veio para França para fazer fortuna e os netos agora regressavam as origens… não me podia esquecer que o P dentro de seis meses iria trabalhar para Itália mas … de momento não queria pensar muito nisso… carpe diem

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

... O esboço



… Antes de entrarmos no escritório ele beijou me e pediu me para não o provocar havia muito trabalho a ser feito naquele dia, não nos podíamos distrair. Nem saímos para almoçar. Dona L. trouxe nos o almoço, almoçamos rapidamente sem largar os papeis, as vezes eu olhava discretamente para ele … o jeito de ele franzir a testa quando lia um processo… ou quando ele apertava os lábios… ou quando ele passava as mãos pelo seu cabelo eram suficientes para me pôr o coração aos saltos… as vezes ele surpreendia-me a olhar para ele e eu disfarçava, outras vezes era ele que me observava …. conseguimos chegar ao fim do dia sem nos tocarmos. Na hora de sair ele disse que tinha uma surpresa para mim…. saímos rapidamente… entramos no carro… e não me disse onde íamos … eu estava em pulgas e já me ria por dentro tudo o que viesse dele só podia ser bom… chegamos perto de um edifício antigo mas bonito… subimos um elevador também antigo com grades, viam se a pessoas que iam dentro… naquela hora íamos sozinhos… meu coração ia batendo cada vez mais forte… o que estaria ele a tramar… chegamos ao ultimo piso que era o quinto, subimos mais umas escadas … ele abriu uma porta … entramos num espaço que parecia ser umas àguas furtadas… havia uma cama de ferro… já não vi mais nada… beijamos … devora mo nos… ama mo nos com tanta sofreguidão e tanta urgência … que nem chegamos a utilizar a cama… já mais calma… enrosquei me num lençol e comecei a verificar melhor o espaço… só tinha uma cama e uma cómoda… o anterior inquilino devia ser algum estudante de pintura… existiam alguns esboços de corpos nus na parede… havia um cavalete com algumas folhas ainda por usar… o P. sentou se todo nu a frente do cavalete e disse me para eu fazer pose e destapar mais o corpo ... ia me desenhar… não o levei a sério e só me dava vontade de rir… mas ele começou a ficar muito sério… e lá me convenci que me ia mesmo desenhar… ele apontava o lápis na minha direcção, com um ar muito profissional… mas apesar de toda esta concentração os lábios dele tremiam ligeiramente… sempre que eu me queria aproximar para ver o que ele estava a desenhar … ele dizia para não me mexer … comecei a queixar me do cansaço… por fim ele pára… olha satisfeito para a sua obra… põe se de pé… chama-me para eu ver… olho para o papel só vejo rodinhas e riscos ondulados… olho para ele furiosa e ainda me diz a rir que é arte abstracta digna de um Picasso … dei lhe um beliscão… arrancou me o lençol… pegou em mim ao colo… atirou me para cima da cama e disse “ agora vou te desenhar da melhor maneira que sei” e as suas mãos e a sua boca percorreram todo o meu corpo da cabeça aos pés com tanta precisão e tanta sabedoria que me enlouqueceu de prazer…









sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

... No dia seguinte


... No dia seguinte de manhã e já mais calma, veio me à memoria o olhar dele ao despedir-se de mim, quando me levou a casa… tão terno… tão arrependido, mas eu estava demasiado furiosa para perceber. Quando cheguei ao elevador ele já la estava, evitei o olhar dele, só para ele pensar que eu ainda estava aborrecida, eu sabia que já não estava imune ao seu olhar, e queria que ele sofresse um pouco mais. O elevador já estava cheio… fiz tudo para ficar mesmo em frente a ele... mas de costas... ficamos mesmo encostados… senti o seu cheiro… como da primeira vez que nos conhecemos, só que desta vez era eu que o ia pôr nervoso... deslizei a minha mão por trás de mim.... e toquei o seu sexo... ele estremeceu... de maneira bem visível... não estava a contar... eu tentava ficar com a cara o mais séria possível... o elevador começou a subir...eu continuei acaricia-lo... ele tossiu para disfarçar o nervosismo...mas eu continuei... as pessoas foram saindo... eu ia ajustando a distancia entre nós... sem parar de acariciar... ele já estava excitado... o volume denunciava o... senti um calor no meu rosto... eu própria já me sentia húmida... ficamos só três... distanciei-me um pouco... e ficamos atentos ao terceiro elemento... chegamos ao piso 9 ele saiu... mal ficamos sozinhos atiramo-nos nos braços um do outro.... e... beijamo-nos... beijamo-nos... beijamo-nos... não conseguiamos parar de beijar... o seu corpo estava colado ao meu... a fricção provocada pelo movimento das nossas ancas... levou nos para outra dimensão e não demos pela paragem do elevador no piso 12...nem quando ele recomeçou a descer... e os beijos continuavam sem parar... o contacto do seu sexo duro de encontro ao meu… mesmo por cima da roupa... levou-me ao êxtase... e gemi ... dentro da boca dele... no preciso momento em que o elevador pára num piso qualquer... alguém entra... o P . abraça se a mim de maneira que não me vejam a cara e saímos do elevador...estavamos no piso 6... subimos ao piso 7 pelas escadas... e esperamos que o elevador subisse... olhamos um para o outro e soltamos uma gargalhada… por fim disse me que gostava do som da minha gargalhada mas tinha de arranjar outra maneira de me fazer rir sem ser a fazer cócegas ... e pôs a mão no arranhão que tinha na cara... o elevador chegou e começamos a falar de trabalho era urgente acabar o terceiro processo que ficou inacabado devido as nossas loucuras …





terça-feira, 13 de janeiro de 2009

... Tortura


…De seguida virou –me de frente… sentiu os meus seios gelados de estarem encostados a parede… afagou os com as suas mãos… e cobriu a minha boca de pequenos e rápidos beijos… e entre beijos perguntou me porque me estava a rir com Dona L…. respondi lhe que eram assuntos meus, e sempre entre beijos ele quis saber quais eram os assuntos e eu não estava interessada em dizer lhe quais eram, começou a fazer me cócegas… e eu não suporto cócegas, entre risadas cada vez mais fortes fui lhe pedindo para parar, mas nunca ninguém nos leva a sério quando dizemos não a rir… aninhei me… rolei pelo chão tentando escapar dele… o meu riso já era uma gargalhada bem sonora sem descanso… prendeu me as pernas com o seu corpo, continuando com uma situação que o divertia mas que a mim sabia me a tortura… ele não viu o meu desespero, e eu já não estava em mim… doíam me as costa de tanto rir, e o riso transformou se em choro de raiva , comecei a agredir lhe e a gritar para parar… só assim é que ele parou , mas eu não parei continuei com os braços no ar a tentar acertar lhe, primeiro ficou espantado, depois preocupado com a minha atitude, numa tentativa de me acalmar, deitou se em cima de mim, prendeu me os braços e começou a beijar me por todo o rosto, com palavras doces... pedindo desculpa, mas a minha raiva estava no auge e demorei a acalmar... o meu corpo tremia… os meus soluços foram diminuindo, até ficar tudo em silencio, só ouvíamos as nossas respirações... sentamo-nos… ele pôs se à minha frente pegou nas minhas mãos … depois levantou o meu rosto e fitou os meus olhos ainda húmidos… o seu olhar era tão terno.. eu sabia que ele estava arrependido, e que aprendeu que nunca mas nunca mais me deve fazer cócegas, pelo menos enquanto tiver o arranhão na cara, não se ia esquecer de certeza… levantei me … tentei apertar a blusa … mas faltavam alguns botões… lembrei me depois que foi ele na ânsia de me possuir que os fez saltar… pedi lhe para me chamar um táxi, aquela hora já tinha perdido o ultimo autocarro, ele disse que me levava… ao descermos no elevador fomos separados e em silencio … eu evitava o seu olhar e ele pela primeira vez não tentou me tocar…

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

... O castigo

(foto de Francesco Copolla)
… Recompus-me e fui espreita-lo, estava sentado com as mãos atrás da cabeça , com os olhos fechados, em que estaria a pensar? Este homem enlouquecia-me, porque não me respondeu a dizer quem ela era? Levantou –se e foi à casa de banho… devia estar em fogo também… aproveitei e fui ter com Dona L. e com o pretexto da beleza daquela mulher perguntei lhe se sabia quem era … irmã, respondeu ela… pedi para repetir… irmã do P. repetiu dona L., toda eu me iluminei, eu não sabia se ria ou se chorava de alegria... eu pulava… e repetia…. irmã… e cada vez ria mais alto, soltando toda a minha angustia acumulada… até Dona L. ficou contagiada com o meu riso e já ria sem perceber nada, de repente cala-se olhando para trás de mim, lá estava o P. encostado a porta a olhar para nós, muito sério, o meu riso esmoreceu, mas a vontade de amar aquele homem cresceu dentro de mim, apeteceu me correr para os seus braços e dar lhe a minha boca para ele beber, mas contive me. Em tom seco, deu me instruções de trabalho urgente para ser feito antes de sair, estava a obrigar me a ficar depois da hora, acenei com a cabeça. Ele continuava encostado à porta, sem tirar os olhos dele… entrei fazendo roçar… os meus seios… nos seus braços… que estavam cruzados. Voltei ao trabalho. quando terminei o primeiro processo, fui lhe entregar e à frente dele… tirei as cuecas… mas fiquei com elas… voltei ao meu gabinete, para preparar o segundo processo, depois de concluído coloquei as minhas cuecas dentro da pasta e fui lhe entregar, não esperei que ele abrisse, voltei para terminar o ultimo processo, fiquei a olhar para o relógio para ver quanto tempo ele ia resistir… passado dez minutos ele entrou feito louco pelo meu gabinete… levantou-me da cadeira… esmagou me os lábios com fúria,, abriu-me a blusa fazendo saltar alguns botões… expos os meus seios, apertou os com vontade,… virou-me de costas… encostou os meus seios à parede fria… arrepiei…e adorei… por baixo da saia as suas mãos iam subindo… apertou-me as nádegas zangado…os seus gemidos furiosos perto dos meus ouvidos… enlouqueciam me e aumentava o meu desejo de ser possuída por ele… abriu ligeiramente as minhas pernas e entrou em mim com a mesma fúria com que me beijou e rapidamente deliramos de prazer… fiquei com o meu corpo fervendo encostado aquela parede fria até a nossa respiração voltar ao ritmo normal, depois ele disse me ao ouvido… ela é minha irmã… sorri…

domingo, 4 de janeiro de 2009

... Cara a cara


... As lagrimas foram secando... fui ficando mais calma... tentando aceitar que ... possivelmente o meu envolvimento com o P. tinha acabado.... não muito resignada , envolvi-me no trabalho até à hora do almoço. Estava na nossa hora e ele ainda não tinha chegado mas também não esperei, precisava de tomar ar. Deambulei pelas ruas de Paris, com as mãos nos bolsos, olhando em redor sem ver, só o pensamento estava consciente... concentrando se naquela noite no aubergue, a ultima vez que estivemos juntos. Acabei por regressar ao piso 12 sem saber como. A meio da tarde aconteceu o que eu mais temia... o P. chegou... mas... chegou com ela... um tremor invadiu o meu corpo... supliquei baixinho para que ele não me chamasse... não queria vê-la de novo, mas, claro que a telepatia ali não funcionou, e ele pediu para lhe levar os relatórios que preparei de manhã. Enquanto ele fazia as apresentações... ia-me devorando com o olhar... fiquei desorientada com o atrevimento dele, olhar me daquela maneira à frente dela... obrigando me a engolir em seco... ela tinha o apelido dele... e era mais bonita do que me tinha parecido no restaurante... entreguei lhe os relatórios rapidamente e virei costas... fiquei tremula de raiva... não conseguia mais trabalhar... fiquei atenta aos movimentos dos dois... entretanto ela foi embora… segui o ruído dos passos dele… estava aproximar-se de mim…. fiquei com um nó na garganta … veio até junto de mim… sustive a respiração… olhos nos olhos… ele agarrou me para me beijar… enquanto me dizia que morria de saudades minhas… com um esforço sobre humano desviei a boca… ele ficou atónito… agarrou me com mais força… insistiu… estava a ser difícil resistir lhe… eu não podia deixa-lo avançar sem saber quem ela era… e perguntei lhe… ficou com um olhar enigmático e não me respondeu… continuou a olhar para mim… não me beijou mais, mas acariciou os meus seios com mestria, eu bem tentava resistir mas o meu corpo me traía ,ele sabia o poder que exercia em mim, de seguida a sua mão deslizou por entre as minhas coxas, afastou o tecido fino e suave que cobria o meu sexo e acariciou o tornando o ainda mais húmido, tentei em vão abafar os pequenos gemidos de prazer que ele me proporcionava… de repente parou… encostou as suas coxas às minhas … senti o seu sexo poderoso por baixo das suas calças… depois afastou se e foi-se embora… deixando me ali sozinha … em fogo… como se me quisesse castigar… Estava demasiado excitada para acabar assim… e continuei o que ele começou,…fazendo questão de gemer bem alto para que ele ouvisse…