terça-feira, 30 de dezembro de 2008

... O vazio

(foto de Thomas Doering)




…. Tentei me lembrar do que se tinha passado na noite anterior mas em vão, só serviu para aumentar a dor de cabeça, nunca gostei de beber demais, sempre quis ter o controlo da situação, ter a consciência do que fazia e este vazio incomodava – me, apesar de a minha amiga E. me ter garantido que não fiz nada que me pudesse arrepender, só que ela não parava de rir. Fiquei o domingo todo de ressaca. Segunda feira cheguei ao piso 12 com o coração acelerado e o corpo todo a tremer, ter visto o P. com outra mulher provocou um vendaval dentro de mim, não sabia como olhar para ele e quanto mais eu me aproximava do escritório mais eu tremia, até a voz tremeu ao dar bom dia a Dona L. que me cumprimentou com a sua habitual simpatia e foi me informando que o P. não vinha de manhã mas deixou instruções de trabalho. Se por um lado senti me aliviada por não ter de o encarar… por outro lado… fiquei triste a pensar que… eles estavam juntos… possivelmente até… dormiram juntos… as lágrimas caíram descontroladamente… mas porquê?... porque razão eu fiquei assim? Não nos conhecemos a não ser fisicamente… não fizemos juras de amor… simplesmente fizemos sexo… intenso… divino… completo…. mas só sexo… fechei os olhos e veio me à memória os seus beijos… o seu toque… o seu cheiro… comecei a deseja-lo e imaginei-o a acariciar-me… a minha mão deslizou pelas minhas coxas… e foi subindo… acariciei me… beijei os meus dedos como se fossem os seus lábios… as lágrimas continuavam a rolar pela minha face… intensifiquei as minhas caricias e gemi baixinho num misto de prazer e dor…

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

... Dor no peito

(foto de Alvaro Rioseco)
… Quando acordei demorei algum tempo a perceber onde estava e o que estava ali a fazer. Estava sozinha no quarto do aubergue, vi um bilhete na almofada era do P. “ desculpa te deixar só, não te acordei porque já estava muito atrasado, já estão à minha espera no aeroporto, depois explico te, beijo”. Agarrei me à almofada dele para sentir o seu cheiro e de olhos fechados veio me à memória a noite anterior… suspirei… espreguicei me….e… ahahahah… dei um pulo da cama… não podia ser tão tarde!!!! Não tardava estariam a bater à porta para eu sair. Vesti me apressadamente e dirigi me à recepção a correr e quase esbarrei com o empregado que já tinha instruções para me pôr fora do quarto…. que nervos… detestei o olhar dele. Dormi a manhã toda, agora tinha de acelerar, estava longe de casa e além dos compromissos que tinha reservado para esse sábado fui convidada para uma festa de aniversário da minha amiga E. Durante a tarde não parei de pensar no P. quem teria ele ido buscar ao aeroporto? Será que o Sr administrador desistiu da viagem? Se for verdade o P. segue o seu rumo para Itália e eu regresso ao piso 8… fiquei tão angustiada com esse pensamento. Entretanto chegou a hora de ir a festa da E. Apanhei boleia de outras colegas e fomos para um restaurante Marroquino, para nos deliciarmos com o típico couscous. Estávamos bem alegres e bem dispostas, quando o P. entrou acompanhado com uma belíssima mulher… o meu sorriso congelou… ele não me viu… sentou–se mais a frente de costas para mim…e a mulher que o acompanhava ficou de frente… senti me a ficar ruborizada… senti algo dentro de mim a doer… entrei dentro de um túnel sem som… eu só os via aos dois… ouvia muito ao longe alguém a chamar por mim… mas… só respondi quando me sacudiram… e me fizeram sair do túnel, eram as minhas colegas que estavam preocupadas com a minha reacção. Tentei disfarçar o melhor que pude… mas não consegui tragar mais nada … mil pensamentos povoavam a minha mente, afinal que sabia eu daquele homem?… seria casado?... noivo?... entregamos nos aos prazeres da carne sem sabermos nada um do outro… nunca fizemos perguntas… simplesmente nos entregávamos sem reservas… afinal o que sentia eu por ele? amor?,… atracção física?... eu não sabia…só sabia que me doía e muito vê-lo ali acompanhado por aquela mulher. Não sei a que horas acabou o jantar só sei que fui arrastada dali porque nem conseguia me levantar… ainda brincaram comigo a pensarem que eu tinha bebido demais… eu estava atordoada sim … mas não era da bebida, pelo menos naquele momento. Não me lembro de ter entrado na discoteca … nem de ter saído… só sei que acordei em casa da minha amiga E. com uma grandessíssima dor de cabeça...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

... No aubergue

… Nenhum de nós tomava a iniciativa de ir embora, era bem visível nos nossos olhares o desejo que sentíamos um pelo outro… a ansiedade ia crescendo… a necessidade de nos tocarmos também…. Procuramos um aubergue ali perto… na recepção senti que olhavam par mim como se eu o tivesse conhecido naquela noite… não me importei… quando estava com ele nada mais me importava… mal perdemos de vista a recepção, começamos a correr para o quarto… famintos um do outro… entre beijos e carícias fomos atirando a nossa roupa pelo ar… nem ligamos a luz… a luminosidade que vinha do exterior era suficiente para apreciarmos os nossos corpos… e nos amarmos… e nem sequer nos deitamos na cama… fomos atraídos pela luz que vinha da janela… olhamos para o exterior… a lua cheia mirava se no sena… sorridente… cúmplice… ele por trás de mim beijava me o pescoço… falava me ao ouvido…baixinho… fazendo me estremecer…. enquanto a sua língua me percorria as costas as suas mãos deslizavam pelos meus seios… meu ventre… meus gemidos iam se intensificando… inclinou me ligeiramente… apoiei-me no parapeito da janela… sua língua subiu pelas minhas coxas ávida por chegar ao meu sexo húmido e ansioso pelo toque dele… fiquei louca de desejo… gemi cerrando os olhos… depois de me saborear entrou em mim… os nossos movimentos ritmados faziam parecer que a lua dançava ao nosso ritmo… os movimentos se intensificaram…nossos gemidos se misturaram… nossos fluidos se fundiram… e a lua reluzia… fomos para a cama e pela primeira vez deixamo nos adormecer sem receios de sermos apanhados...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

... Passeio nocturno


… Já era tarde … estava na hora de irmos embora… por mim ficávamos ali…. a noite toda no sofá do escritório… reparando na minha preguiça ele foi me vestindo... intercalando com beijos e isso ainda me dava mais vontade de ficar mas… resisti e não o provoquei. Descemos o elevador… àquela hora estávamos completamente sozinhos… olhei para ele com malícia… ele percebeu… riu-se… aproximou-se de mim beijou-me deliciosamente e ficou abraçado a mim até chegarmos ao piso 0. Em vez de chamar um táxi ele quis me levar a casa. Andou às voltas por aquelas avenidas, também lhe estava a custar separar se de mim, íamos ficar um fim de semana sem nos vermos. Ainda não tínhamos jantado e os nossos corpos já estavam a reclamar do vazio. Ele parou perto do Sena , procuramos um vendedor de hot dog, e fomos comer perto do rio. A noite estava fria mas o céu estava luminoso assim como toda cidade, que àquela hora estava adormecida, uma sensação de paz e felicidade invadiu todo o meu ser, se pudesse parava o tempo para desfrutar mais longamente aquele momento… não precisávamos de falar … os nossos pensamentos entendiam se e comunicavam em segredo … ficamos ali… em cima da ponte a olhar a àgua a correr… e a comer os hot dog … entre trocas de beijos…

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

... Sous le ciel de Paris

… Deitamo-nos no sofá, tanto eu como ele não tínhamos pressa em nos separarmos, já estávamos juntos há 3 horas, claro que já não tinha autocarro para regressar a casa, mas isso não me preocupava, era tão bom estar nos seus braços que mais nada importava… tínhamos de encontrar um espaço só para nós, onde não fossemos interrompidos…. e… já deixamos marcas das nossas aventuras na alcatifa … no sofá… e está a ser difícil elimina-las o que irá pensar o Sr. Administrador quando regressar do estrangeiro… pensando nele, recordou-me, novamente, o romance dele com a Dona L, e o primeiro ninho de amor que eles tiveram num bairro simples de Paris. Eram umas águas furtadas envidraçadas, e enquanto ela me confidenciava o seu segredo, o seu olhar ficava ausente como se tivesse a viver esses momentos noutra dimensão, momentos delirantes sobe o olhar atento das estrelas… ou momentos intensos com a musica da chuva a cair … ou com a beleza da neve . Estremeci com estes pensamentos, ele abraçou me e perguntou se eu tinha frio, aproveitei para lhe falar em termos o nosso espaço, ele achou boa ideia, tínhamos de falar com dona L. para nos ajudar a encontrar o nosso ninho… e continuamos deitados saboreando a pele e o cheiro um do outro…

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

... Instinto animal


… E a vontade de continuar foi crescendo, desci…beijei o seu pescoço… demoradamente… e ele continuava adormecido… fui descendo sem parar de olhar para ele … não sabia se ele estava a tentar resistir me se estava mesmo adormecido …a veia no seu pescoço denunciava o ….mas…. podia estar a sonhar e a gostar… continuei a descer… demorei no seu ventre… seu sexo agitou se… mas ele continuava com aspecto de quem estava a dormir… já era altura de ele começar a gemer… contornei o seu sexo … desci para as coxas… minha língua passeava … vagarosa… parei perto dos joelhos … depois subi por entre as coxas… fui me aproximando… fiquei com a certeza que ele estava a atentar resistir… seu sexo não parava... expectante… os músculos do rosto se contraíam… isso excitou me… divertiu me… cheguei bem perto daquele majestoso músculo… beijei o… humedeci o… parei … sentei me no chão … olhando para ele sentado no sofá simulando que estava a dormir… ele abriu o olho para espreitar o que eu estava a fazer… soltei uma gargalhada… ele também… deitou se em cima de mim beijou me avidamente… devorou o meu corpo… humedeceu me… pôs me de quatro no sofá… entrou em mim… deliciosamente… passeou as suas unhas pelo meu dorso… pelas minhas nádegas… mordiscou me o pescoço… sentimo-nos como dois felinos… rugimos… juntos…




terça-feira, 2 de dezembro de 2008

... Je ne regrette rien...


…” Não me arrependo de nada , voltaria a fazer tudo igual “ disse-me ela. “cada momento vivido com este homem foi intenso e inesquecível nunca teria sido igual se tivéssemos casado, as noites de solidão, os dias que ele passava em família, foram largamente compensados” e recordou com emoção uma das viagens que fizeram a Londres. Ele marcava sempre as visitas a clientes para as sextas-feiras , embarcava sempre à quinta–feira ao fim do dia, e Dona L embarcava sempre no dia seguinte depois da hora do expediente, para não darem pela falta dela, ele depois ia esperar por ela ao aeroporto e seguiam para o hotel. Nessa viagem ela teve uma surpresa, quando chegou ao quarto do hotel, tinha em cima da cama uma belíssima lingerie vermelha, claro que naquela época não seriam tão ousadas , mas eram muito requintadas, e vivendo eles em Paris, capital da moda, eram de certeza peças com muito glamour. Ela ficou deliciada com a maciez e beleza das peças. Ele saiu do quarto para ela vestir a lingerie e esperou na salinha. Quando ela apareceu ele ficou sem fala , ela sentiu se como uma rainha , disse ela, que o olhar dele valeu por todas as palavras. Eu sabia como era esse olhar, o filho dele o P... o homem que estava nos meus braços tinha o mesmo olhar, estremeci só de pensar... olhei para ele adormecido... comigo no seu colo beijei-o ternamente….

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

... O segredo de Dona L.

… e enquanto ele passava a mão pelos meus cabelos… pelo meu rosto… pelo meu corpo… como se quisesse guardar na memória cada linha, cada curva do meu corpo, eu ia pensando na felicidade que este homem me estava a proporcionar e até quando ela iria durar…e veio me ao pensamento a conversa que tive com Dona L. ao almoço. Quando era mais nova ela teve um envolvimento com o pai do P., sim com o Sr administrador, pai do homem que estava nos meus braços. Na época ele ainda era um estudante universitário e ela mais velha que ele 5 anos , empregada do avô do P. O avô era italiano imigrou para França para fazer fortuna e conseguiu. Era uma pessoa austera, e muito conservadora o que era de esperar para a época, e não viu com bons olhos o envolvimento daqueles dois, uma simples empregada de escritório não era suficiente para o seu filho e numa tentativa de os separar enviou o filho para Inglaterra acabar os estudos. O que existia entre os dois era muito forte… e mais forte ficou porque foi proibido e sempre que ele vinha a casa nas férias escolares arranjavam maneira de se encontrarem as escondidas, dizia ela que as minhas peripécias amorosas com o P. lhe faziam lembrar o seu passado. Andaram anos às escondidas até que a pressão para ele casar era muita, ele era filho único e era preciso perpetuar o nome da família… ele sugeriu lhe várias vezes fugirem juntos mas ela dizia sempre que não. Ela achava de não tinha o direito de o separar da família, havia uma empresa a gerir, centenas de postos de trabalho a assegurar e ele era o único sucessor. Ele acabou por casar com alguém de quem gostava, mas que nunca chegou a amar. A Dona L. nunca casou, mais nenhum homem lhe interessou, mais nenhum homem conseguiu lhe despertar as mesmas emoções que ele, mas ela não deu hipótese a mais nenhum, o mundo dela limitou se aquela empresa.
Nos primeiros anos de casado, eles evitaram se, mas o que existia entre eles era mais forte e voltaram a envolverem se e ainda continuavam juntos … limitou se a ser a outra quando tinha todo o direito a ser a única….

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

... Mimos


… Foi bom ter almoçado com Dona L., foi uma companhia agradável e tranquilizadora, e contou-me coisas interessantes sobre ela, agora entendo a cumplicidade dela em relação a mim e ao P. Quando regressamos ao piso 12 o P. não estava tinha uns compromissos fora da empresa. Foi melhor assim, de manhã estava demasiado transtornada e pouco trabalhei tinha de me esforçar um pouco mais à tarde para pôr o trabalho em ordem. Às cinco horas ele chegou, veio directo ao meu gabinete, queria saber se já tinha resolvido o meu problema familiar, primeiro olhou me com preocupação depois com ternura … desviei o olhar para não cair na tentação de o abraçar…ele deu um passo na minha direcção… fiquei em sobressalto…. desistiu e regressou ao gabinete dele. Às seis preparei-me para sair, ele perguntou se eu não queria ficar mais um pouco… entrei numa contradição inexplicável… desejava aquele homem mas… já não conseguia fazer amor no local de trabalho pelo menos naquele dia… mas... não sabia como lhe explicar isso sem contar a verdadeira razão… concordei em ficar…. ele foi fechar a porta principal… entretanto sentei-me no sofá… comecei a ficar tensa…. ele sentou–se à minha beira, olhou-me bem nos olhos… aproximou a boca dele na minha muito lentamente… gelei por dentro… ele percebeu que alguma coisa me perturbava... suplicou que lhe contasse o que se passava comigo mas, não saía nenhuma palavra. Abraçou-me e docemente foi beijando o meu rosto sem me tocar nos labios, mimou me tanto que não consegui conter as lágrimas que caíam descontroladamente, era mais forte que eu , chorei durante algum tempo até as lágrimas secaram por si… de seguida as nossas bocas se procuraram naturalmente e entreguei-me sem reservas as carícias daquele homem, que me amou sem urgência, vagueou pelo meu corpo calmamente, beijou cada centímetro da minha pele, me fazendo estremecer a cada toque, aplicando toda a sua sabedoria só para me dar prazer esquecendo se de si próprio, a intensidade do seu toque fazia-me agitar as ancas cada vez mais, enlouquecendo-me gradualmente até ao êxtase final. Ele pousou a cabeça no meu colo enquanto eu acalmava a minha respiração e meu coração… de seguida ... despi o fixando o seu olhar... sentei-me no colo dele... o seu sexo erecto e agitado entrou dento de mim... beijei o demoradamente ... ainda tinha o meu gosto na sua boca... baloicei calmamente olhando sempre para ele, gradualmente fui aumentando o ritmo até o fazer explodir dentro de mim…e ficamos assim nos braços um do outro algum tempo…



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

... O ùltimo aviso

… Cheguei a casa fui directa para o chuveiro, incomodava-me o cheiro daquele canalha, esfreguei o meu corpo com raiva, e gritei como se o meu grito lhe espetasse no peito. Tive um sono muito agitado. De manhã acordei com umas olheiras enormes. Dirigi-me ao trabalho decidida a fazer qualquer coisa para travar aquele pulha. Quando estava a chegar ao elevador o H. estava à minha espera , começou a pedir mil desculpas, ignorei o e entrei no elevador, ele também entrou , a essa hora já estava quase cheio e encolhi me o mais que pude só para ele não me tocar mesmo sem querer. Quando chegamos ao piso 8, saímos os dois, ele preocupado pergunta-me onde vou, respondi “segue-me e verás”. Fui falar com o meu chefe do 8º piso (ainda o considero meu chefe porque quando o Sr Administrador regressar, de principio, voltarei ao piso 8 ). O meu chefe, o Sr. M., era boa pessoa, infelizmente era tio do H. Informei o do ataque que o sobrinho me fez no elevador e que se houver uma próxima, vou me queixar à policia. Da primeira vez que ele me beijou contra a minha vontade, eu queria fazer queixa dele à Administração mas o Sr, M. implorou-me que não o fizesse na certa o iriam despedir.
Várias pessoas do gabinete souberam o que ele fez porque como lhe ferrei a língua ele não pode comer durante uns dias, e os colegas de trabalho ainda se riram à custa dele.
Desta vez não podia me queixar à administração porque quem a representa é o homem com quem passo a minha hora do almoço a fazer amor, e não o quero envolver. O Sr. M. ofereceu-se para ir a policia comigo se eu quisesse ir já fazer queixa, mas decidi lhe dar mais uma oportunidade para se comportar como um homem mas era a ultima.
Enquanto o H. ouvia sermão do tio eu continuei para o piso 12. Tinha de arranjar uma desculpa para não ficar com o P. na hora do almoço, naquele dia não ia conseguir fazer amor com ele. Quando entrei a Dona L. avisou-me que o P. já tinha perguntado por mim.
Nem um sorriso consegui esboçar, fui directa para o meu gabinete tentando evitar me cruzar com o P. Mas pouco adiantou ele chamou por mim, reparou logo que qualquer coisa não estava bem, mas inventei um problema familiar e aproveitei para lhe informar para não contar comigo na hora do almoço. Abraçou-me de uma forma tão carinhosa que não consegui segurar uma lágrima que me rolou pela face mas consegui limpar sem ele ver. Quando chegou a hora do almoço pedi a Dona L. se podia ir almoçar com ela, precisava de falar com alguém…


terça-feira, 18 de novembro de 2008

... Assédio


…. As horas do almoço passaram a ser só nossas, primeiro saciávamos o nosso apetite sexual , o almoço depois era sempre a correr. O meu mundo ficou limitado ao piso 12, como se não existisse mais nada. Eu flutuava, andava feliz e já era de estranhar não aparecer uma nuvem negra para me atormentar e então um dia ao fim da tarde ia a descer no elevador , este parou no piso 8 e entrou o H., um dos colegas que trabalhavam comigo no piso 8 antes de eu ser destacada para o piso 12. Foi um dos que já tinham tentado me beijar e que eu ferrei a língua. Meteu conversa, se me estava a dar bem com o novo chefe, o que eu fazia na hora do almoço que ninguém me via. Comecei a ficar nervosa , não estava nada a gostar do olhar dele, fui me aproximando da porta do elevador, entretanto ele pára o elevador e encosta se a mim, não tentou me beijar ficou com medo que eu volta-se a ferrar lhe mas apertou me contra a porta e começou apalpar-me, tentei me soltar, insultei-o com todos os nomes que sabia , pôs-me a mão entre as pernas gritei de raiva, acho que todo o prédio ouviu, consegui carregar num botão qualquer para o elevador continuar a descer, e sempre a gritar, ele tapou-me a boca, empurrei o, entretanto o elevador pára consigo sair, ele vinha atrás de mim, começo a bater numa porta qualquer daquele piso, ele com receio recua e volta ao elevador e desce. Eu fujo para as escadas antes que alguém venha abrir a porta à qual eu bati, que poderia eu dizer?... vou descendo as escadas bem devagar, estava no piso 4, quando cheguei ao piso 0 respirei de alivio aquele f.d.p. não estava a minha espera …

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

... O seu aniversário

… Com a ajuda da Dona L. fiquei a saber que ele fazia anos, combinei com ela não marcar compromissos perto da hora o almoço , eu queria o livre só para mim. Providenciei uma garrafa de champanhe bem fresquinha e algo leve para comermos.
Andei toda a manhã eufórica, evitei falar com ele, guardei as duvidas profissionais para mais tarde, mesmo assim ele chamou por mim a meio da manhã, fiquei mais longe dele do que é costume, ele riu-se e pediu para eu chegar mais perto, respondi que não era boa ideia e lembrei lhe do que tínhamos prometido, mas sempre sem olhar directamente para ele, o olhar dele derretia-me, ele levantou –se eu desviei-me ainda mais , pedi-lhe por favor para não me tocar, ele estranhou mas voltou a sentar-se, respirei de alivio.
Chegou a hora do almoço , já tinha preparado a mesa da sala de reuniões, para almoçarmos, chamei por ele, ficou estupefacto com a surpresa, beijou-me, despiu-me com a urgência habitual, parou por uns tempos apreciar o meu corpo dentro de uma lingerie preta e vermelha, continuando de seguida a devorar-me intensamente...esta foi a entrada, depois sentamo-nos nus em cima da mesa , ele abriu a garrafa de champanhe , depois ora bebíamos ora comíamos ora comíamo-nos, percorremos aquelas divisões sempre com a mesma sede. Por fim decidi dar-lhe a prenda de aniversário. Estávamos deitados no chão ele por traz eu encaixava-me perfeitamente no colo dele e disse: Quero que entres em mim por onde nunca entraste”, seu sexo voltou a endurecer, senti-o a agitar-se mas minhas nádegas, ansioso por explorar um caminho tão desejado e nunca antes explorado…ele beijou a minha nuca… meu pescoço me fazendo estremecer, lentamente vai entrando… docemente,… murmurando ao ouvido palavras doces… o som da sua voz me relaxa … faz meu corpo de abrir…. e deixar o seu sexo seguir o seu caminho carinhosamente mas determinado… abraçou-me… fiquei ainda mais aninhada no seu colo… e ele mais dentro de mim,…numa mistura de dor e prazer…gemo chamando o nome dele….sinto o seu prazer … o seu tesão ….a minha excitação aumenta…meu corpo relaxa ainda mais….nossas ancas se movimentaram em sintonia esta dança fê-lo gemer bem perto do meu ouvido misturado com o meu nome…agarrou as minhas ancas e loucamente delirou dentro de mim… acariciei o meu clítoris a mão dele encostou-se à minha e num frenesim louco me fez subir às nuvens intensamente…continuamos assim deitamos no chão bem coladinhos… relaxados saboreando o calor dos nossos corpos ….fomos sobressaltados pelo despertador do relógio do escritório. Para ficarmos mais a vontade pedi à Dona L para entrar ao serviço meia hora mais tarde (esta mulher era um anjo), e pus o relógio a despertar quinze minutos antes para nos recompormos. Acelerados andamos por todas as divisões a por tudo em ordem, desta vez não perdi a cueca hihihihihihih, ele beijou-me intensamente e disse-me “ obrigado por existires nunca vou esquecer este dia”…


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

... Ansiedade


… No dia seguinte cheguei primeiro, embrenhei-me no trabalho tentando não pensar muito nele, estava quase a conseguir, quando o ouvi entrar para o gabinete dele, não consegui continuar fiquei atenta aos seus passos, ora vinham na minha direcção ora iam, meu coração acompanhava estes movimentos, ele parecia estar agitado. Desde o dia anterior de manhã ainda não tínhamos conseguido ficar sozinhos, ele lutava para cumprir o que tínhamos prometido, a entrada da Dona L ajudou o a ficar mais calmo e a mim também. A meio da manhã ele chamou por mim, tinha mais trabalho para me dar. Quanto mais eu me aproximava dele mais o meu coração se agitava e quase esquecia de respirar, o seu olhar não se desviava do meu…..aiiiiiii……que vontade de o agarrar…tive de desviar o olhar e tentei não me aproximar muito, ele demorou um pouco a falar devia estar a tentar se controlar. Por fim lá se decidiu a falar deu-me o trabalho para executar naquele dia depois disse que tinha uma reunião no exterior e pediu para eu esperar por ele na hora do almoço….
….A hora do almoço chegou, tinha uma hora e meia disponível, andei ansiosa de um lado para o outro, aguardava a qualquer momento a sua chegada. Já tinha passado meia hora, a minha ansiedade aumentava, o desejo acumulado toda a manhã fazia-me tremer. Tinha sede dele , sentia me um errante no deserto sem água há alguns dias. Já delirava.
Chegou…… mal abriu a porta atirei me ao seu pescoço, nem vi se ele estava acompanhado ou não, esmaguei os meus lábios contra os ele, bebi o desesperadamente esquecendo até de respirar , parei ofegante com os lábios doridos e a latejar, comecei a despi-lo respirei o seu cheiro, percorri milímetro a milímetro todo o teu tronco, como eu gostava do cheiro dele , que saudades eu tinha ... senti o seu sexo forte, também ele me desejava com a mesma intensidade, agarrei o, humedeci o, torturei o, beijei o, fi-lo entrar na minha boca, como é belo e majestoso o seu sexo erecto. Ele fez me parar pegou em mim ao colo e furiosamente me encostou à parede e entrou dentro de mim como se nunca mais quisesse sair e fomos brindados pelo um belíssimo fogo de artificio. Exaustos mas felizes ficamos abraçados um ao outro por algum tempo, para recomeçarmos tudo de novo mas mais calmamente…. Quando a dona L. chegou eu ainda estava a comer umas sandes….

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

... E foi por um triz

(foto de Gunther)

… Estava a ser cada mais difícil aguentar o riso, ele sentiu o meu corpo agitar-se contra as suas pernas e começou a ter a consciência que ia começar a correr mal, inventou uma desculpa de um trabalho urgente que tinha esquecido e conseguiu adiar a conversa com o meu chefe para a tarde. Mal senti a porta a bater soltei o riso que já não conseguia aguentar, rebolei no chão em altas gargalhadas, ele afastou a cadeira um pouco mais para traz e ficou ali a apreciar me de repente põe-se também a rir acompanhando me nas gargalhadas. Depois ficamos sérios olhamos um para o outro ele baixou–se perto de mim e beijou-me tão calmamente… tão…tão… apaixonadamente, que esqueci tudo à minha volta… senti a sua boca a queimar-me o corpo por onde passava… as suas mãos seguiam lhe o rastro… deitados no chão ele penetrou-me sem tirar os olhos de mim atento a qualquer movimento do meu rosto… deliciava-se com o prazer que me estava a dar, fechei os olhos quando me fez gemer … de seguida gemeu ele e deixou-se ficar assim deitado em cima de mim, era a primeira vez que fazíamos deitados, depois olhou me nos olhos e disse “é bom estar contigo mas se não queremos perder estes momentos temos de ter mais cuidado, ninguém pode saber o que se passa entre nós” concordei, mas adiantei lhe que Dona L. já sabia, expliquei lhe a historia da cueca, ele rui-se e disse que podíamos confiar nela. Ficou decidido ali que íamos tentar estar juntos só na hora do almoço…

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

... Quase apanhados

… O resto do dia ficamos bastante ocupados… com trabalho claro… haviam algumas reuniões agendadas anteriormente com o Sr administrador e ele teve de o substituir, contentamo-nos com uns olhares cúmplices, surpreendi-o várias vezes a sentir a minha cueca, isso deixava-me em alvoroço. Na hora de saída ele ainda estava ocupado fui-me embora em fogo. No dia seguinte cheguei primeiro que ele, meti conversa com dona L… para ter uma ideia das pessoas que entravam no piso 12 . Éramos só nós os três.
A limpeza era só feita ao sábado, arrisquei a perguntar se sabia quem tinha colocado um embrulhinho na minha cadeira no dia anterior, ela sorriu para mim e disse “ está a referir-se à cueca que encontrei na sala de reuniões?” não podia ter sido mais directa, eu devo ter ficado de todas as cores. Depois tranquilizou-me que podia contar com a sua descrição, e acrescentou “ têm sorte de sermos só nós os três porque o que existe entre vocês é muito visível, tentem ser mais discretos” voltou a sorrir. Segui para o meu gabinete um pouco ansiosa, bem pelo menos o mistério da cueca estava desvendado.
Entretanto ouvi ele a chegar, a Dona L. veio logo atrás, trataram do que tinham a tratar, não consegui trabalhar mais… comecei a ficar ansiosa… com a respiração acelerada… será que ele ia chamar por mim… ou… vinha ter comigo… comecei a ficar húmida…. ele chamou… obedeci…. ele estava sentado na secretária dele…fez-me sentar no colo dele e beijamo-nos, tocamo-nos sempre com urgência, afastou –me a cueca, tocou na minha humidade, levantou-me ligeiramente… libertou o seu sexo já erecto e quando ia entrar em mim batem à porta…. aiiiiiiiiiiiiiiiiii…… que susto… de certeza que não vou morrer velhinha… não há coração que aguente... só tive tempo de me esconder debaixo da secretária dele… ele sentou–se logo, mandou entrar…. era o meu chefe do 8º piso, que chato, aparece sempre na hora errada
O P… não apertou as calças direitas, debaixo da secretaria, eu via o sexo dele mesmo a frente do meu nariz, que vontade de tocar nele, mas contive-me notava-se na voz dele que estava nervoso. Oh que situação…. estava a ficar com vontade de rir… respirei fundo várias vezes… não estava a resultar… trinquei os lábios… ordenei a mim mesma “não rias… não rias…. não rias”…

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

... Primeiro dia de trabalho



…. Continuei ali de pé , enquanto o P.. e a Dona L… acertavam as horas para reuniões e atendimentos de entidades externas à empresa, eu ia apreciando o seu rosto ... ora franzia a testa ... ora apertava os lábios ... que vontade enorme de o beijar, tudo nele me agradava e me fazia deseja-lo muito. Aproveitando uma ligeira pausa da Dona L. ele olhou para mim, aquele olhar de desejo , fez me corar violentamente, minhas pernas tremeram, fiquei com o nó na garganta, virei costas e fui me acalmar para o meu gabinete. Apercebi-me da saída de dona L… não consegui sair mais do meu gabinete, fiquei colada à cadeira, não conseguia emitir qualquer som , meu coração começou a cavalgar, minha respiração ficou ofegante, eu sentia que ele se aproximava, quando apareceu à porta tudo parou, levantei me como um autómato, fomos nos aproximando e caímos nos braços um do outro desesperadamente, beijamo-nos loucamente, ferozmente, ele percorreu meu pescoço… meu seios… sôfrego… virou-me de costas,… sua boca continuou a percorrer o meu dorso… inclinou –me ligeiramente sobre a secretaria,…abriu-me as pernas… e sua língua subiu desde a dobra do joelho… passando pelo interior da coxa…tocando no meu sexo… arrancando-me um gemido bem sonoro….ele sabia como me enlouquecer…..ele soltou o seu sexo que estava louco para me invadir, senti-o bem duro e bem quente atrás de mim…depois entrou deliciosamente, e me enlouqueceu totalmente, com o seu vai vem desesperado… suas mãos agarravam meus seios… seus gemidos entoaram no meu ouvido, fazendo gemer também. Ficamos assim um tempo com os corações acelerados, aos poucos fomos nos acalmando, beijou me e disse “ agora vamos trabalhar” rui-se e depois acrescentou “quer dizer vamos tentar trabalhar”, tirou a minha cueca do bolso sentiu –lhe o cheiro e disse “ esta vou guarda-la para mim para quando tiver saudades tuas” e foi –se .
Fui a casa de banho me recompor, utilizei a cueca que apareceu misteriosamente na minha cadeira, e voltei ao gabinete dele para começar a trabalhar…..

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

... Chegou o dia D

… No dia seguinte a primeira coisa que fiz quando cheguei ao piso 8 foi mandar lhe um e-mail, só escrevi “Bom dia Sr P…”, ele respondeu “Só isso”, eu voltei a responder “precisava de ter a certeza que estavas ai, é muito importante, ontem com aquela confusão toda não encontrei a minha cueca, vai ver à sala de reuniões…. e ….vê se a mesa está limpa”. Esperei uma eternidade, depois respondeu me que a mesa estava limpa mas não encontrou nada, mas não se mostrou muito preocupado e disse “por falar em cueca já estou com saudades tuas”. Não respondi, a minha cabeça já andava a mil a hora quem teria descoberto a cueca, ela tinha de lá estar? Entretanto tive de esquecer o assunto, tinha dois dias para resolver os assuntos pendentes e passar uma parte do meu trabalho aos outros colegas, para começar a trabalhar no piso 12. Durante dois dias não nos falamos nem nos vimos.
Chegou o dia D, o dia em que eu ia começar a trabalhar com ele. Cheguei um pouco nervosa. O sorriso da Dona L… acalmou me um pouco, fui directa ao meu novo gabinete, quando peguei na cadeira estava lá um embrulho pequeno, abri…..era a minha cueca…. fiquei paralisada… quem teria feito aquilo? E estava lavada…. Será que foi a Dona L… não tive coragem de lhe perguntar.
Fui ter com ele para saber que trabalho queria que eu fizesse, eu riu se e despiu-me com o olhar, fiquei logo com calor, meu coração entusiasmou-se, o pai dele vai se arrepender de nos ter juntado, assim não vai possível trabalhar. Perguntei lhe se ele sabia quem tinha posto a cueca na minha cadeira, franziu a testa e disse que não. Pediu para me aproximar dele, comentou divertido o facto de eu estar de saia. Sem tirar os olhos dos meus deslizou a mão pelas minhas pernas e foi subindo, estremeci ao seu toque, este homem vai me pôr louca, retirou-me a cueca respirou a deliciado e guardou a no bolso dele, levantou-se dizendo que morria de saudades minhas beijou me ferozmente, batem a porta, separamo-nos rapidamente, ele sentou-se eu fiquei ali de pé meio perdida….era a D. L……..

terça-feira, 4 de novembro de 2008

... Perdi a cueca

…despertei com frio, demorei algum tempo a perceber onde estava, entrei em pânico estava nua em cima da mesa e a sala estava escura, que horas seriam. Ouvi vozes que vinham do gabinete dele. Procurei a minha roupa tentando não tropeçar nas cadeiras, não consegui encontrar a minha cueca, vesti me mesmo assim. Tentei abrir com muito cuidado a porta para ter alguma claridade, mas mesmo assim não encontrei. Quem estava a falar com ele era o meu chefe, felizmente estava de costas, consegui que o P… olhasse para mim e visse o meu desespero para ir embora já devia ser muito tarde de certeza que perdi o ultimo autocarro. Ele terminou a conversa arrumou as coisas, saíram os dois e fecharam a porta principal. Eu sabia que ele não tinha alternativa, mas eu já não sabia se havia de rir ou chorar e se ele se esquece de mim, eu preciso voltar para casa. Como vou eu sair de um 12º andar sem dar bronca. Passados uns minutos que mais pareceram horas, alguém abre a porta ... escondo me… que alivio ... era ele, beijou me para me tranquilizar, disse me as horas, já tinha perdido o autocarro, ele chamou um táxi, saímos os dois , desta vez ele ligou o alarme do escritório. Quando chegamos ao elevador, ele disse que ia sozinho porque o meu chefe estava lá em baixo a espera dele. Beijou-me demoradamente … parou de repente e entrou no elevador, eu percebi que se continuássemos não íamos resistir. Enquanto esperei pelo elevador senti o seu sémem a descer, as calças ficaram visivelmente molhadas, já me tinha esquecido das cuecas, já não havia nada a fazer, desejei que não houvesse reunião no dia seguinte…..aiiiiii será que a mesa ficou suja? Quando cheguei lá fora já estava o táxi à minha espera, ia chegar demasiado tarde a casa….



sexta-feira, 31 de outubro de 2008

... Na sala de reuniões


… Percebendo o meu embaraço em enfrentar o Pai dele depois de termos estado sozinhos no gabinete, continuou a mostrar me as restantes instalações para me dar algum tempo. Fiquei deliciada com a sala de reuniões, uma mesa enorme, 7 m talvez….. o que me havia de passar pela cabeça… fazermos amor naquela mesa….olhei para ele os olhos dele sorriram, pensamos o mesmo, mas não era altura ideal para isso. Sozinhos naquele espaço todo durante seis meses (só com a dona L. a senhora simpática que está na recepção) como iríamos trabalhar? Será que fiz bem aceitar a proposta? Quando o pai dele regressar ele vai para Itália e depois como vai ser? Depois vê se ….agora estava na hora de me despedir e regressar ao piso 8. Ele acompanhou me até ao elevador e disse me ao ouvido “ está atenta aos e-mails”. Passei o resto da tarde acertar com o meu chefe os pormenores da minha mudança, tinha de ficar mais dois dias no piso 8 . Na hora de sair chegou um e-mail da administração, era dele e dizia “fiquei sozinho, vem… quero te” fiquei arrepiada de excitação. Subi ao piso 12, bati à porta, foi ele que veio abrir, meu coração como sempre que estou com ele pôs se aos pulos, deu me a mão e levou me à sala de reuniões, encostou me aquela mesa enorme e começou a beijar me docemente, sem pressas, foi me tirando a roupa, deitou me na mesa , sua boca deslizava suavemente pelo meu corpo provocando me pequenos e deliciosos choques eléctricos que me faziam deslizar pela mesa, enlouqueci quando me acariciou e sorveu o clítoris e gemi sem reservas….depois….. ajoelhei me em frente a ele beijei o e fui despindo o . beijei o seu pescoço, o seu peito, tirei lhe as calças, o seu sexo já estava demasiado agitado, fui descendo pelo seu ventre…ele gemeu … sentou se pediu para me sentar no colo dele , sentei e fiz lo entrar dentro de mim, ele voltou a gemer e me sussurrou ao ouvido “ é bom sentir o teu calor “ , isso me excitou ainda mais , as minhas ancas baloiçaram suavemente enquanto eu o olhava e ia vendo a transformação na cara dele da sensação que ele estava sentindo, fui acelerando…. acelerando…..acelerando ele fechou os olhos e gemeu de prazer , depois inclinei me um pouco para traz e ainda com ele dentro de mim acariciei meu clítoris e me vim com ele a olhar para mim deliciado… deitamo-nos de lado em cima da mesa, bem juntinhos e adormecemos…..

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

... A proposta

…O Sr administrador levantou se veio até mim e pediu me para me sentar no sofá, perguntou se eu queria alguma bebida, descartei qualquer bebida alcoólica e pedi um chá, ele dirigiu se a recepção, e enquanto isso fiquei observar melhor a sala , estava decorada de uma maneira sóbria mas com muito bom gosto em tons de vermelho bem escuro e preto era um gabinete quente e acolhedor, e aquele sofá era lindíssimo, aquele sofá…. despertou o que eu queria esquecer, fechei os olhos e comecei a imaginar eu com ele a fazermos amor ali mesmo, senti me humedecer, senti o cheiro dele, respirei o bem fundo, mas achei que era demasiado real, abri os olhos e gritei de susto, era mesmo ele que estava ali bem perto de mim, eu não o ouvi entrar absorta que estava nos meus pensamentos, ele riu se e eu fiquei furiosa, sou demasiado emotiva tenho tudo a flor da pele , assusto me e coro com muita facilidade. Levantei me rapidamente do sofá e distanciei-me dele. Perguntou porque ando a evitá-lo entretanto entra o Sr. administrador todo sorridente a dizer: - já chegaste meu filho, foi mesmo na hora certa ia agora mesmo fazer a proposta a menina F. Aiiiiiii, eu não estava nada a gostar daquilo ele afinal é filho do administrador , prevejo sarilho muito sarilho…
A proposta era a seguinte o Sr administrador ia se ausentar do país por 6 mêses para prospecção no mercado estrangeiro, o filho adiou uma proposta de trabalho na Itália para substituir o pai e eu ia dar apoio administrativo ao filho mas só por 6 mêses depois voltaria ao meu antigo trabalho, vantagens? Ia ganhar mais….desvantagens como iria trabalhar com ele sempre ao pé de mim, será que íamos fazer sexo o dia todo? Já com o pai ali ao lado já nos devorava-mos com o olhar. Agora porquê eu ? parece que o meu chefe informou que eu era a mais eficiente, não sei, os meus colegas vão achar que é outra coisa. Não sabia se havia de aceitar ou não, pedi um tempo para pensar, só me deram um dia. Agora sei o nome dele P…, ele olhava para mim ansioso queria que eu aceitasse já, e para ganhar tempo disse que me ia mostrar as restantes instalações do piso 12, entretanto o pai dele recebeu uma chamada e entramos num gabinete que supostamente iria ser o meu, mal ficamos sozinhos beijamo-nos com tanta fúria que até fiquei com os lábios doridos e a latejar, o P… sentou me na secretaria, beijou o meu pescoço, os meus seios, tanto as minhas mãos como as dele percorriam freneticamente os nossos corpos, sempre com a mesma fome a mesma urgência de sempre, era assustador a nossa dependência um do outro, mas naquele momento eu não queria pensar nisso, gemi um pouco alto quando ele tocou com mão no meu sexo, ele fez shiu no meu ouvido (o pai estava ali ao lado) mas era difícil abafar ele fazia me entrar noutra dimensão, numa entrega sem reservas e naquele momento eu só queria que ele entrasse em mim com fúria ,com fome, com desejo, e numa tentativa de abafar os meus gemidos ele não tirou a boca dele da minha, prendeu o meu rosto com as mãos e eu abracei o tronco dele com as minhas pernas, eu quase sufocava, de não poder explodir livremente, soltei me da boca dele e ferrei a minha mão enquanto explodíamos de prazer.
Ficamos um pouco abraçamos ainda não estávamos saciados, mas tínhamos de sair dali, tínhamos de nos compor e acalmar, entretanto ele pediu tão carinhosamente para aceitar a proposta, não resisti …aceitei… o problema agora era passar pelo Sr administrador sem corar….


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

...De volta ao piso 12




…Voltei ao meu gabinete decidida a não ceder enquanto não soubesse quem ele era, mas não era só por isso, incomodava me esta dependência. Na sua presença eu sentia me como um ser telecomandado, o meu corpo obedecia lhe cegamente . Sim eu desejava esse homem mas também queria ter auto-controlo sobre o meu corpo. Preocupava-me ele estar ligado a administração, tinha de saber mais pormenores. Não podia perguntar aos meus colegas de gabinete, eram só homens e dois deles já tinham tentado me beijar, um deles levou uma joelhada num sitio que lhe doeu muito, ao outro ferrei lhe a língua, portanto devem estar mortinhos por se vingarem.
Mas a este não consigo mesmo resistir. Mal cheguei ao gabinete, já estava o meu chefe fulo a perguntar por mim. Lembrou me que o mapa urgente que tinha pedido por e–mail tinha que ficar pronto ate ás 12,30 h. Apaguei todos os e-mails remetidos pela administração pensando serem todos dele, os últimos nem os li, precisava de paz interior para fazer o meu trabalho. A meio da tarde o meu chefe veio me perguntar se eu não li um e-mail da administração, eu comecei a gaguejar perguntando qual e-mail. A resposta do chefe veio como um punhal directo ao meu peito, estou a ser um pouco dramática mas foi isso que senti. A administração tinha mandado um e-mail para me apresentar no piso 12 para esclarecer uma duvida no mapa que fiz de manhã. Ele controlava me emocionalmente e profissionalmente. Lá fui eu ao piso 12 . Quanto mais o elevador subia mais eu tremia, não sabia se de raiva por ele ter conseguido se por excitação de o voltar a ver. A ideia de ele estar a minha espera à porta do elevador fez meu coração saltar do peito com tanta intensidade que até doeu. O elevador parou…..fiquei com falta de ar….abro a porta devagar….ninguém…. não sei definir se senti alivio ou decepção….continuei bati á porta do gabinete com a respiração acelerada, minhas mãos tremiam, uma voz feminina deu ordem para entrar….relaxei…
Uma senhora bem simpática com alguma idade indicou me outra porta para bater….meu coração voltou a saltar, a continuar assim ainda vou ter um ataque cardíaco, uma voz masculina instruiu para eu entrar…..ufff não é ele, que alivio ele não é o Sr administrador….fiquei mais calma, sem olhar para mim, o Sr administrador foi me fazendo as perguntas que achou necessário sobre o tal mapa, depois de esclarecido olhou para mim satisfeito e eu quase desfaleci, aquele olhar era igual ao dele, não tão intenso, não tão penetrante mas muito parecido….




terça-feira, 28 de outubro de 2008

...a solo...

(foto de Sasha Huttenhain)
… chegou um terceiro e-mail, mais longo e mais devastador

“ preciso de ti… quero sentir o sabor da tua boca… mimar o teus seios…passear as minhas mãos no teu corpo ondulado…. sentir a tua humidade entre as tuas coxas e entrar dentro de ti… sentir o teu calor …. o teu cheiro…ouvir os teus gemidos….quero te muito… vem “.

Olho em redor e embora soubesse que estavam todos ocupados nos seus afazeres laborais, sentia me observada, fiquei com receio que o meu rosto deixasse transparecer o que eu estava a sentir . Os e-mails não paravam, a intensidade das suas palavras aumentavam e o meu fogo também, estava a ser insuportável continuar a trabalhar, (aliás ainda não tinha sequer começado) toda eu tremia e isso era visível na cadeira , precisava de sair dali… não….não fui ter com ele…fui a casa de banho… com passo acelerado na esperança de não estar ocupado…..livre ....estava livre, fechei rapidamente a porta , respirei bem fundo, as palavras dele perseguiram me até ali, encostei me à parede desapertei as calças e servindo me da humidade já abundante da minha vulva, alternando com a humidade da minha boca comecei acariciar meu clítoris…. docemente …..depois furiosamente, a minha respiração aumentou, meu coração disparou, o meu corpo arqueou no momento em que um calor percorreu todo o meu corpo… o vulcão acalmou. Deixei me escorregar pela parede, sentei me no chão, abracei-me e fiquei ali um pouco para restabelecer o meu caos interior…

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

... primeira resistência à submissão


…Conforme ia descendo as escadas ia me aproximando da realidade, tinha de ir trabalhar e já ia demasiado atrasada , consciente da situação desatei a descer os degraus dois a dois. Quando cheguei ao meu gabinete reparei logo no olhar furioso do meu chefe fazendo sinal para o relógio, e durante o dia todo ele vingou–se matando me de trabalho. Por um lado foi bom, aliviou o meu pensamento, aquele homem que conheci no elevador tinha demasiado poder sobre mim. Não sabia quem era, como se chamava e no entanto já éramos tão íntimos e isso provocava me um misto de excitação e preocupação. Eu não podia pôr em risco o meu emprego não podia voltar a chegar tão tarde como naquele dia.
Por isso no dia seguinte quando cheguei ao elevador e ele não estava fiz um esforço sobrenatural e sai mesmo no piso 8 embora o meu corpo se sentisse atraído para subir.
As instruções de trabalho vinham geralmente por e-mail, e como fazia todos os dias fui verificar quais as tarefas a executar naquele dia. Seleccionei as que diziam a palavra “urgente”. Uma delas era a elaboração de uma mapa pedido pelo meu chefe, e a outra era da administração. Achei estranho porque a administração só trabalha directamente com os nossos chefes. Abri o e-mail e em letras garrafais dizia “PORQUE NÃO VIESTE? FIQUEI A TUA ESPERA”, tremi, tremi durante muito tempo. Aquele homem sabe quem eu sou, como me chamo, é da administração ou trabalha lá. Por isso é que no outro dia eu fui lá levar uns documentos ao piso 12…. foi ele que pediu. Ironia do destino ou lá o que é isso, no dia anterior cheguei tarde ao trabalho porque tive uma sessão de sexo sem saber com o ………Sr. Administrador ?...tomara que não seja. Elimino o e-mail sem responder, segundos depois aparece outro “QUERO-TE, ESTOU A TUA ESPERA, RESPONDE”,
As minhas mãos tremeram por cima do teclado a responder “NÃO VOU”. Tento voltar aos meus afazeres com alguma dificuldade de concentração, fiquei com uma dor no peito, a respiração ofegante, numa luta entre o corpo que pedia para ir e a razão que me dizia para não ir…

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

...Nas escadas....

...No dia seguinte não o vi no elevador, fiquei desorientada , entrei em piloto automático e deixei me ir com as pessoas que iam subindo. Quando fiquei sozinha mo elevador estava parada no piso 10. Mecanicamente o meu dedo carregou no 12 e continuei a subir. Quando a porta abriu ele estava ali a minha espera, ele sabia que eu ia. Fiquei presa no seu olhar, como que hipnotizada, meu coração quase que me rasgava o peito de tanto saltar, foi preciso ele me agarrar pela cintura para eu sair do elevador. Nossas bocas se unirem desenfreadamente, nossas mãos não paravam de passear pelos n/ nossos corpos, continuávamos a querermos nos com urgência, ele exibiu os meus seios , beijou os , sugou os, com a mesma sofreguidão, virou me de costas , encostou se a mim apalpou o meu sexo fazendo me gemer de prazer, nesse momento senti o seu sexo a endurecer, o que me provocou maior excitação. Pus as minhas mãos atrás das costas para acariciar o seu sexo, nesse momento fomos despertados pela chegada do elevador, corremos para as escadas, empurrei com o pé o meu saco que estava no chão, e ficamos assim encostados um ao outro atentos aos movimentos. Os nossos corações pareciam tambores, olhei o seu rosto que estava tenso e atento, olhei para o chão e vi as minhas coisas todas espalhadas, comecei a imaginar alguém a descer as escadas e ver me assim de seios expostos, deu uma vontade descontrolada de rir, ele rapidamente pôs a mão na minha boca para abafar o meu riso, mas por muito que ele pedisse para me acalmar eu não conseguia parar de rir, ele continuou desesperado a tapar me a boca e ainda me dava mais vontade de rir. Ouvimos uma porta de um gabinete a fechar, o caminho ficou livre, eu continuava com o meu riso nervoso, eu beijou me enfurecido, e só parou quando parei de rir. Ele devorou o meu rosto e os meus seios com o olhar, virou me de costas e mesmo ali nas escadas, penetrou me deliciosamente. Enquanto ia num vai vem louco, sua mão agarrava os meus seios e a sua boca me falava ao ouvido numa voz rouca palavras que eu não já entendia mas o som me excitava, rapidamente chegamos ao auge. Fomos nos arranjando ainda trémulos, ele ajudou me apanhar as minhas coisas espalhadas pelas escadas, deu me um beijo de despedida e saiu apressado. Não tive coragem de descer pelo elevador, fui descendo lentamente pelas escadas enquanto ia pondo em ordem o meu caos interior……

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

... no carro....


... claro que naquele dia na nossa primeira vez, perdi o autocarro, e acabei por aceitar a boleia dele quando me viu na paragem , pois só dali a uma hora é que teria outro.
Tanto eu como ele íamos calados, as palavras não saiam, nem olhávamos um para o outro, ambos sabíamos o que poderia acontecer. Eu revivia as cenas dos momentos anteriores, a minha vulva se contraia , as minhas pernas ficaram agitadas, as minhas mãos humidas deslizavam pelas minhas coxas como que para acalmar, comecei a ficar agitada, a minha respiração acelerou, humedeci os lábios, ele deve ter percebido e devia estar a pensar no mesmo, desviou o carro da estrada, procurou um sitio mais calmo, senti me a ficar húmida, que fome, que sede é esta, quem é este homem que me põe desta maneira.
Parou o carro fez me sentar no colo dele, beijamos nos furiosamente, tanto eu como ele tinha-mos urgência em nos satisfazermos, não havia paciência, não havia calma, devoramo-nos descontroladamente, saciavamos a nossa fome como se tivessemos sido privados um do outro durante muito tempo. No seu colo com a sua boca nos meus seios, voltamos a explodir de prazer pela segunda vez naquele dia…………

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

... o primeiro beijo....


… enquanto pensava como me libertar daquele homem o que estava a ser cada vez mais difícil, foi me pedido quase na hora da saída para entregar uns documentos no piso 12. Lá fui eu a barafustar, inventam sempre trabalho na hora errada, ainda ia perder o autocarro. Saí no piso 12 e dei logo de caras com ele, como se estivesse à espera que eu chegasse. Evitei o seu olhar, cumprimentei o timidamente e segui em frente, ele barrou me a passagem dizendo que os documentos eram para ele. Alguém chamou o elevador, e enquanto estava a pensar se havia de esperar pelo elevador ou descer pelas escadas, ele prendeu me pela cintura, deixou cair os papeis, e beijou me intensamente. Fiquei sem forças nas pernas, comecei a flutuar e a ver luzinhas a andar a roda, fiquei em transe, não consegui retribuir, queria tanto aquele homem e agora não conseguia reagir, aquele beijo arrasou comigo, todos os meus sentidos ficaram descoordenados, ele deve ter percebido a minha confusão, falou qualquer coisa mas também eu já não o conseguia ouvir … aos poucos fui recuperando os meus sentidos e fui aproximando a minha boca da dele ......…e o inevitável aconteceu ali……. não no elevador como tinha fantasiado, mas no corredor do piso 12, foi rápido, desesperado mas foi intenso…….

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

... a seguir....



…durante alguns dias a cena do elevador repetiu se, a única diferença era que ele já não me perguntava em que piso eu saía, já sabia, e com o mesmo gesto como se me abraçasse carregava sempre no 8, eu evitava olhar para ele, o poder que ele exercia em mim assustava me ao mesmo tempo que me excitava, eu tinha medo de perder o controlo da situação e fingia indiferença, que pouco devia resultar, pois todo o meu corpo tremia na sua presença. Desde o primeiro dia que o vi não parei de fantasiar, o que tornava ainda mais complicado a sua presença. A fantasia era sempre a mesma, ficávamos a sós no elevador , em vez de carregar no 8 ele carregava no stop, encostava se a mim segurava me o rosto com as mãos , encostava os seus lábios aos meus roçando suavemente, mordiscando , depois esmagava os com fúria como se não conseguisse esperar mais, suas mãos percorriam freneticamente o meu corpo, a sua boca sugava os meus seios, seu corpo se colava ao meu e eu sentia nas minhas coxas o seu desejo a crescer, enquanto as suas mãos deslizavam pelas minhas pernas acima, tocando o meu sexo já húmido e volumoso de desejo, eu gemia desesperada, ansiosa que ele entrasse em mim, puxava seu corpo de encontro ao meu, ajudava a libertar o seu sexo que majestosamente se encaminhava para dentro de mim, e me fazia levar a loucura. Louca estava eu a ficar com estes pensamentos, ou evitava este horário para não me encontrar mais com ele e esquecer ou então…. o quê? dizer lhe abertamente.. eu desejo te? Como? se nem a boca eu conseguia abrir na sua presença, que força era essa que me dominava…..

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Como Tudo Começou





Como habitualmente durante estes últimos 4 anos, cheguei pontualíssima ao trabalho, não na pontualidade britânica ou germânica, mas na pontualidade de quem detesta relógios, mais ou menos a horas o que quer dizer de 5 a 10 mm mais tarde, mas também sou pontual a sair 10 a 20mm mais tarde. Corro para apanhar o autocarro, corro para apanhar o elevador, e nesse dia também corri , entrei de rompante no elevador e lá conseguir me encaixar no meio de 10 pessoas. O edifício onde trabalho tem 12 pisos, eu saio no oitavo, durante aquela espera costuma passar mil e uma coisas na minha cabeça, mas naquele dia um perfume me distraiu, aliás nem era bem perfume, era um cheiro bom a lavado, cheiro de pele, bem atrás de mim, estava tão perto que senti a respiração dele a tocar me a pele dos ombros. Esse calor intermitente fazia me arrepiar, não tive coragem de me virar para ver quem era, e fiquei de olhos fechados a deliciar me com o seu cheiro. As pessoas iam saindo, o espaço ia crescendo mas nem eu nem ele saímos do mesmo sitio. Uma voz rouca e sensual perto do meu ouvido interrompe os meus desvaneios, dou um pulo de susto, viro me… e…. céus….que olhar… claro que corei e a muito custo respondi 8º, ele parecia divertido com a situação esticou o braço carregou no numero 8, com este gesto quase que me abraçava, paralisei, se ele me beijasse naquele momento não conseguia resistir. Sai rapidamente daquele elevador e fui directa à casa de banho, estava demasiado agitada ou excitada ou lá o que era para me sentar na secretaria perto dos olhares de mais 6 pessoas que dividiam comigo aquele gabinete. Olhei para o espelho, o meu rosto pegava fogo, meu coração não parava de bater, sentei me um pouco respirei fundo e voltei, escusado dizer que não consegui me concentrar no trabalho naquele dia, quem era ? Nunca o tinha visto por ali, será que o vou voltar a ver? Porque mexeu tanto comigo? Não o conheço, mas aquele cheiro aquele olhar provocou um grande vendaval dentro de mim……